segunda-feira, 17 de junho de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 14


CAP XIV – Márcio?

- Natty, bom dia. – Invadi sua sala na primeira hora da manhã.
- Oi Renato. Isso é o que eu estou pensando? – Logo fixou o sorriso para a pasta da imobiliária que estava em minha mão. – Espero que sim.
- Sim! – Não escondi minha excitação. – Você tem certeza disso?
- É claro, Renato! Estou tão feliz quanto você. – Ele realmente era magnífico.
- Que ótimo! Só gostaria que Laura estivesse com esse ânimo todo também. – Deixei escapar esse apelo que estava retraído há alguns dias.
- Como assim? Ela deve estar achando o máximo, não? E o seu filho? Imagina Renato, certamente estão loucos para vocês viverem juntos novamente.
Não contrariei e preferi não entrar em detalhes das ultimas ligações com Laura, pois por um lado não queria envolvê-la com a minha família para que ela não se sentisse culpada em momento algum sobre o nosso beijo, e por outro lado sentia vergonha das atitudes repentinas de Laura, sentia vergonha e decepção de tudo o que eu estava fazendo por ela e de tudo o que eu estava recebendo.
Natty leu algumas linhas do contrato, ou simplesmente estava passando os olhos por aquelas palavras automáticas para me torturar, o fato é que fomos surpreendidos com o toque de seu celular.
- Oh, desculpe-me, onde está o meu celular? – Ela tirou os olhos do contrato e fez esforço para reconhecer o destino do toque.
- O som vem do sofá. – Fui me aproximando do sofá de sua sala.
- Você pode pegar para mim Renato, por favor?
Eu tentei pegá-lo sem olhar o visor, porém ele estava totalmente virado para cima, não queria parecer curioso ou intrometido em sua vida, afinal, ela era uma mulher livre e muito atraente, muitos homens deveriam estar aos seus pés. Porém, me surpreendi ao ver o nome “Márcio” no visor.
- Pronto. – Entreguei a ela totalmente intrigado e um tanto enciumado.
- Alô? – Ela logo atendeu, ignorando minha feição questionadora e assumiu um olhar preocupado. – Sim, falo com você mais tarde. Tchau. – A conversa foi absurdamente curta.
- Pronto, Renato, aqui está. Espero ter-lhe ajudado muito, fico no aguardo do filé. – Seu sorriso estava extremamente disfarçado por trás de alguma preocupação.
- Obrigado Natty, logo, logo marcamos o filé! Algum problema na ligação? Você parece preocupada. – Cheguei mais perto, seu perfume fazia-me lembrar daquela noite, daquele beijo e daquela sensação maravilhosa que foi tê-la em meus braços.
- Não, querido, nenhum. Tenho uma cliente agora. Almoçamos juntos? – Ela afastou-se bruscamente.
- Claro, aonde será hoje? Você sabe que eu não conheço nada por aqui ainda.
- Vou pesquisar algo por aqui e aviso. – Ela foi sentando-se e voltando-se totalmente para a tela do computador, ignorando minha presença.
- Tudo bem, aguardo. Ah, você sabia que Jaque volta hoje?
- É? Espero que venha bem descansada da viagem para a casa dos pais, não? – Não sei se era impressão minha ou se ela realmente mudou mesmo depois da ligação.
- Verdade. Bom trabalho, Natty!
- Renato! – Quando estava prestes a fechar a porta por inteira, ouço sua voz.
- Sim? – Torno a abri-la.
- Você fez o depósito que lhe falei ontem? Jaque vem hoje e você sabe como é, não?
- Sim, sei. Ainda não realizei, vou dar mais uma pesquisada em informações anteriores sobre esta ação e o farei.
- Renato, você não precisa pesquisar, já expliquei a situação. – Seu olhar demonstrava desespero disfarçado.
- Falo com você logo mais.
Antes de voltar para a minha sala, passei na recepção. Kelly estava ao telefone, fiquei no balcão no aguardo.
- Sim, Se... Renato?
- Kelly, Jaque já retornou?
- Ainda não, quer que eu tente no celular?
- Não, obrigado. Apenas me avise quando ela chegar.
- Tudo bem, disponha.
Voltei para a minha sala intrigado com a ligação e com esse depósito assim, de repente. Não existe apenas um Márcio nesse mundo, e Natty não teria o que falar com o marido de Jaque. Mas por outro lado aquela curta conversa a deixou tão balançada, que a vontade de cuidar juntou-se com os mistérios daquele local, me deixando nesse estado, totalmente desconfiado. Comecei a estudar as possibilidades e passei a considerar que talvez eu estivesse analisando coisas demais, Natty fez uma coisa por mim que poucas pessoas fariam, por que motivos eu iria desconfiar dela?
O dia estava extremamente agitado, muitas ligações e papéis para um dia só, ainda mais o dia em que eu deveria fazer o tal depósito anônimo. Queria poder olhar de perto essa história, sempre trabalhei com provas e documentos origem, para que nunca houvesse desencontro de algumas informações, já que trabalho com números e dinheiro, e um dinheiro um tanto alto para uma simples doação anônima. Todas as tarefas ficavam pendentes por causa deste questionamento, eu não tinha onde procurar e não queria incomodar Natty mais uma vez. Quando penso no que poderia fazer, o telefone toca, dando a solução.
- Renato, Dra. Jaque já está em sua sala, chegou faz dez minutos.
- Obrigado, Kelly!
Queria pegar os dados desse depósito para conversar com Jaque a respeito, porém, não havia nada, apenas a ordem de Natty. Sem provas e apenas argumentos, encaminhei-me até a sua sala, pronto para fingir acreditar que ela estava na casa de seus pais.
- Bom dia Jaque! – Sua porta estava aberta e me deparo com Jaque, como sempre, elegantemente vestida, totalmente voltada para a vista lá fora.
- Bom dia Renato, como você está? – Seu tom e sua feição estavam incrivelmente harmoniosos, diferente dos últimos dias que antecederam o passeio, se não tivesse falado com sua mãe, eu poderia jurar que ela esteve passando dias maravilhosos com a família e por isso voltou com aquela paz interior que transbordava em seus olhos.
- Eu estou bem. Como foi de viagem?
- Fui bem, obrigada! Você também deveria fazer isso, sabe? Visitar seus familiares faz um bem enorme.
- Vontade é o que não falta, mas essas passagens estão incrivelmente caras.
- Entendo... – Só então ela virou-se para mim e sentou-se em sua cadeira. – Então, o que lhe traz em minha sala?
- Eu estou com uma dúvida a respeito de algumas notas e gostaria de tirá-las com você. – Ela fixou-se em minhas mãos a procura de papéis, imagino. – Não tenho papéis e nada que comprovem esse depósito que Natty solicitou que eu fizesse.
- E você já o fez?
- Não, pois não encontrei nenhuma nota anterior ou qualquer outro documento solicitante.
- E você falou isso para Natty?
- Sim, claro!
- E ela disse para você fazê-lo mesmo assim, imagino. – Ela já não olhava mais para mim, e sim para seu computador, mostrando total indiferença.
- Sim, mas creio que não seja seguro.
- Bem, Renato, eu também não tenho nenhum papel a respeito desse depósito, pois combinamos de fazê-lo confidencialmente, sempre foi feito sem problemas, a sua segurança será nossa palavra. Você pode realizá-lo.
- Mas Jaque, não é normal que se faça um depósito com essa quantia sem comprovação nenhuma, me desculpe a insistência, mas não me sinto seguro em prosseguir com isso.
- Também vou pedir desculpas pela indelicadeza, mas você deve fazer esse depósito, você está aqui há pouco tempo, o que lhe faz pensar que nossa palavra não seja segura? Agora, por favor, preciso trabalhar. – Ela estava voltando ao seu estado arrogante normal.

sábado, 15 de junho de 2013

Pary Of Fire- Episodio 13-Final




Capítulo 13
  Juliana está desconfiada de Lucas, pois todos os acontecimentos relatados têm acabado nele. Mauro desconfia de Tiago. Mas os investigadores ainda precisavam descobrir o que Andressa escondia. Por isso, chamam Mariel para prestar depoimento novamente.
Juliana – Então, Mariel? O que sabe da Andressa?
Mariel – Bom, ela fez os convites da festa.E pagou pela casa de Fernando.
Mauro – Ela não era rica pra bancar tudo isso.
Mariel – Mas minha mãe é. Ela pediu um empréstimo pra minha mãe.
Juliana – Sabe se ela gostava de alguém?
Mariel – Não, mas sei que, naquela noite, Flávia derrubou vinho no vestido dela e nem pediu desculpas. Andressa era bem ignorada pelo grupo.
 Juliana libera Mariel, que sai da sala. Mauro e Juliana voltam ao caso.
Mauro – Flávia derrubou vinho no vestido de Andressa. Andressa,com raiva, bateu na cabeça deFlávia. Seria essa a causa de um assassinato?
Mauro – Rodrigo, Tiago, Amanda e Flávia, pelo que sabemos, foram os únicos que passaram pelo quarto.
Juliana – Tiago estava cansado de ver o amigo sofrer, com as implicâncias da ex, Flávia então queria acabar com isso pra ele.
Mauro-Porem ele não esperava que Andressa chegasse primeiro.
Juliana – Então quando foi visto com a arma ficou com medo de que Andressa fizesse algo contra Rodrigo, ele ia matar Andressa, mas Rodrigo se jogou na frente.
Mauro –Otávio foitrancar as portas e viu o Tiago com a arma.
Juliana – Nisso Andressa fugiu, e Tiago ameaçou Otávio para não revelar a verdade.
Mauro –Com medo  de ser culpado pelo assassinato, Tiago mandou Otávio botar fogo no quarto, para que pensassem que foi um acidente de incêndio. Ja que naquela noite ele estava com o isqueiro que provavelmente usaram para acender o baseado, por que jovens em festas como esta pode ter certeza que fumavam maconha.Tiago aproveitou do medo do rapaz e usou ele como cúmplice.Ja que Otávio ficou com Flávia naquela noite, então ele seria um suspeito.
 Mauro e Juliana recebem a ligação da pericia de que Flávia acaba de morrer no hospital,
Foram até o local chegando la se surpreendem ao saber que o assassino havia inserido uma injeção com veneno no soro dela.
Juliana –Parece que Flávia recebeu uma visita do assassino.
Mauro – Mas quem?
 A enfermeira do Hospital diz que naquele dia a garota tinha recebido a visita de um amigo, que pelo perfil que ela descreveu o rapaz seria Lucas.
 Os investigadores foram até a casa e Lucas chegando percebem uma discussão.Eles invadem a casa, Tiago esta com uma arma ao perceber os policiais Tiago  da um tiro nas pernas de Lucas.Juliana e Mauro o predem.  Lucas é levado para o hospital.  Logo depoisJuliana interroga Tiago, na delegacia.
Juliana – Então você matou o Rodrigo? Por que mentiu?
Tiago – Eu não matei ele! Não queria mata-lo.
Juliana – Quer me contar sua historia?
Tiago – Andressa sempre gostou de mim, era louca por mim, e era a única que sabia que eu amava Rodrigo, da minha paixão platônica.Então fez aquela festa por que não queria que me decepcionasse mais com Rodrigo, Então ela fez a festa,foi até o quarto bateu com a arma na Flávia, e depois deu dois tiros no Rodrigo,e botou fogo no quarto, quando cheguei tentei fugir mas ela veio atrás de mim,então a empurrei do alto da escada
Juliana – E como explica a morte de Flávia?
Tiago – A Flávia morreu? Nem fui ao hospital hoje, só estava na casa de Lucas para dar um susto nele, pois ele me viu empurrando a Andressa  da escada fiquei com medo.
Mauro – Se você não matou Flávia no hospital quem foi?
Tiago – Não sei!
Juliana – A lei esta contra você Tiago, você sabia de muita coisa sobre Rodrigo, então é o suspeito numero um, você esta preso.até novo inquérito.
  Tiago foi preso e decepcionado, aceitou seu destino.Mais tarde no escritório de Karen,
Karen – Finalmente este inferno acabou.
Fernando – Pena que Andressa não esta aqui pra ver isto!
Karen - Se não fosse o Tiago, Andressa estaria aqui comemorando seu novo império.Benedeto era avô de Claudio e Rodrigo, com a morte dos jovens e sem herdeiros, venderá a empresa, e nós compraremos.
 Fernando – Por pouco Flávia contaria nosso segredo, ela sabia que somos amantes e que você estava de olho na fortuna de Benedeto, não sei por que não contou antes.
Karen – Ela sabia demais,ia contar nosso caso para delegada, mais cedo ou mais tarde,
Fernando – Sua filha também ajudou bastante, dopou o namorado, por isso ele não conseguiu fugir do incêndio.
Karen – Ela puxou a mim, só precisa aprender algumas coisas.
Fernando – Um brinde a nós, mais uma conquista bem sucedida.E um brinde aos Falecido e que Benedetto nos aguarde.
Karen – Um brinde
   Os dois se beijam,

O CASO PARTY OF FIRE FOI ENCERRADO,COM A PRISÃO DE TIAGO DEPOIS DE NOVAS PROVAS COMPOSTAS POR ANDRESSA E FERNANDO ANTES DO INCENDIO NA CASA DE TIAGO,MAS JULIANA E MAURO NUNCA SOUBERAM A VERDADE, MARIEL SEGUIU SUA CARREIRA DE MODELO,AMANDA COMEÇOU A NAMORAR UM ITALIANO RICO, E TENTOU ESQUECER O QUE VIVEU, LUCAS FICOU PARAPLÉRGICO E TRABALHA COM A POLICIA HOJE,OTÁVIO CONTINUA INTERNADO NO SANATÓRIO.JULIANA E MAURO  SE DESTACARAM NA IMPRESSA, COMO CASO MAS BEM RESOLVIDO RECEBERAM ATÉ UM PREMIO EM HOMENAGEM.
KAREN E FERNANDO COMPRARAM AS EMPRESAS DE BENEDETO, ESTAS EMPRESAS SÃO UMAS  DAS MAIORES E MAIS RICAS DO MUNDO, E SABIAM QUE O VELHO JAMAIS VENDERIA A ELES, DEVIDO A UM PROBLEMA DELES NO PASSADO. PASSARIA PARA SEUS NETOS MAS NUNCA AS VENDERIA, COM A MORTE DOS HERDEIROS, BENEDETO ACHOU QUE DEVERIA VENDER POIS ESTAVA QUASE NO FIM DE SUA VIDA, E NÃO TERIA ALGUEM PARA SUBISTITUI-LO, VENDEU AS EMPRESAS, MAS NÃO SABIA QUE A PESSOA QUE COMPROU ERA REPRESENTANTE DE KAREN, SUA INIMIGA DO PASSADO, MAIS ESTA HISTORIA É OUTRO CASO DO PASSADO A SER REVELADO FUTURAMENTE.
FIM

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Encontros e Desencontros Capitulo 13


CAP XIII – Jaque

- Olá, boa tarde Kelly!
- Boa tarde Seu Renato!
- Kelly, pensei que já havíamos combinado que me chamaria apenas de Renato. Algo mudou de ontem para hoje?
- Desculpe-me, por favor, Renato. É apenas uma forma profissional que me acostumei com o tempo. Prometo tentar me readaptar.
- Tudo bem Kelly, só acho estranho essas mudanças de acordo com o ambiente, só isso. Natty está na empresa?
- Não, somente a Claudia já vi chegar. Eu aviso o senh..., é..., você, quando ela chagar.
- Não é necessário, mas obrigado Kelly. Você não foi almoçar?
- Sim, almocei no Shopping com um amigo, acabei de chegar também.
Voltei para sala intrigado, apesar de tudo eu esperava uma mentira maior, do tipo “não saí Seu Renato!”. Eu não a vi almoçando, na realidade, mas também ela não teria obrigação de me contar. E Jaque? Visitar os pais no meio da semana? Isso é normal? Vamos ver. Minha senha tem acesso liberado ao Sistema de RH, devo encontrar o telefone dos pais dela lá.
- Alô!
- Alô, boa tarde!
- Boa tarde, com quem deseja falar?
- Meu nome é Renato, estou falando com a mãe da Jaque?
- Sim, ela mesma, aconteceu alguma coisa?
- Não, por favor, fique calma, nada aconteceu. Sou um ex colega de universidade e estou tentando reencontrá-la. Ela está em casa?
- Não meu filho, ela mora na capital, possui uma empresa lá com outra colega de vocês, a Natty.
- Nossa, que legal, muitas saudades delas. A senhora pode me conseguir o telefone delas?
- Claro, só um minuto, por favor.
- Eu aguardo, obrigado.
Três minutos depois.
- Meu filho, o telefone é 5177-2112. Esse é o telefone da clínica. Por favor, diga à Jaque que seus pais estão com saudades, desde o último Natal que ela não nos visita.
- Direi sim, muito obrigado pela informação. Até logo.
- Tchau meu filho.
Jaque, Jaque, o que está acontecendo? Onde você está? O que você fez? Preciso falar com um certo investigador. Não acho uma boa ideia deixar Kelly saber disso, vou até a delegacia.
- Kelly, por favor, se Natty me procurar, diga que precisei ir até a imobiliária. Estou alugando um apartamento. Ela está ciente.
- Certo Renato, pode deixar.
Desta vez foi mais fácil encontrar a bendita delegacia e, para minha sorte, o arrogante investigador estava no local.
- A que devo essa ilustre visita meu caro Renato?
- Boa tarde Rubens, desculpe-me não telefonar antes, mas precisava lhe trazer algumas informações.
- Não se desculpe, por favor, estou à sua disposição.
- O que houve com o carro de Jaque?
- Você está me trazendo informações?
- Rubens, preciso saber se posso realmente confiar em você, aliás, quero saber se posso confiar em alguém.
- Entendo Renato, pelo que já levantamos de informações suas, creio que podemos confiar em você. Jaque me solicitou que verificasse se seu carro não estava sendo monitorado através de algum dispositivo de rastreamento. Ela ficou muito impressionada com o acontecido. Nada foi encontrado no carro dela.
- Você sabia que nossa nova recepcionista é prima do marido de Jaque e dividia o apartamento com Deise?
- Sabia que ela dividia o apartamento, pois a tinha interrogado no local, porém esse parentesco é uma novidade realmente. E ela foi contratada por esse motivo?
- Parece-me que sim, o processo não foi muito transparente como se esperava.
- Como assim?
- Eu entrevistei a moça, porém meu retorno ao RH foi que aguardássemos novas candidatas, mas para surpresa de todos, ela surgiu contratada de uma hora para outra, por decisão de Jaque, que fiquei sabendo hoje não visita os pais desde o último Natal, quer dizer, seis meses.
- E ela deveria ter visitado?
- Era o que havia dito que estava fazendo no dia da morte da Deise, não foi?
- Pelo que me consta, ela estava curtindo um final de semana romântico, com seu marido, num bangalô daquela pousada das casinhas coloridas na rodovia de acesso a Serra do Leopardo. Fugiu-me o nome agora.
- Parece-me que você está realmente mais bem informado do que eu, nem sei o que lhe dizer. Espero que eu tenha ajudado de alguma forma.
- Fique tranquilo Renato, estamos atentos a todos os acontecimentos, mas qualquer novidade, por favor, nos comunique. Muito obrigado.
Final de semana romântico? Acho que vou enlouquecer. Existe algo que conecta esses três, ou quatro talvez, pois esse investigador parece saber muito mais do que permite deixar escapar. Por que não poderia contar que estava com seu marido? Talvez não estivesse suficientemente longe?
Bem, vou tentar me desligar um pouco dessa loucura. Vou resolver de uma vez esse aluguel e tratar de trazer Laura e João para perto de mim. Eles também não estão seguros perto daquele cara.
Passei na imobiliária para devolver as chaves e fechar o negócio do apartamento escolhido, mas não sei onde estava com a cabeça quando imaginei que permitiriam que eu assinasse um contrato de aluguel sem garantia alguma, apenas com uma carteira assinada dentro do prazo de experiência. Até o seguro que oferecem, nesse caso é caríssimo. Como vou conseguir um avalista numa cidade onde não conheço ninguém?
- Boa tarde Kelly! Alguma notícia de Jaque?
- Boa tarde Renato! Ela deixou avisado que estará amanhã aqui.
- Natty está?
- Oi Renato, me procurando? – ao me virar sou surpreendido por aquele sorriso que desarma qualquer um. Não havia notado esse decote mais cedo, ela sabe realmente como absorver todas as atenções.
- Olá, cliente agora?
- Não, tenho alguns minutos ainda e, a propósito, também estava à sua procura. Por favor, depois me confirme se foi realizado um depósito a favor do laboratório de pesquisa da universidade. Pode ser depois, agora vamos até minha sala?
Enquanto caminhamos em direção à sua sala, pude notar com mais detalhes o lindo sapato que tornava aquelas pernas tão cobiçadas pelo efeito que lhe faziam os saltos de altura indescritível.
- Natty, eu não realizei realmente esse depósito que você me perguntou porque não encontrei nenhum documento fiscal que reconhecesse esse pagamento. Deixei para questionar em nossa reunião semanal.
- Você pode efetuar o depósito Renato, trata-se de uma contribuição que realizamos mensalmente à universidade para incentivo à pesquisa.
- Mas nesse caso vou solicitar um recibo correspondente para podermos nos beneficiar com uma dedução no imposto de renda.
- Renato, combinamos realizar essas contribuições de forma anônima. Por favor, apenas efetue o depósito. E como está a questão do apartamento? Já alugou?
- Natty, ainda não sei como farei, na verdade. Parece que é meio impossível alguém de fora da cidade, recém chegado, alugar um apartamento por aqui.
- Como assim?
- A alternativa viável é conseguir um avalista numa cidade onde não conheço ninguém.
- Renato, você até me ofende falando assim. Traga logo esse contrato para assinarmos e podermos marcar outro filé magnífico daquele na inauguração do novo AP.
- Natty, você é surpreendente. Você realmente faria isso? Acho que nem as pessoas da minha cidade, que conheço desde que nasci, fariam.
- Se você não trouxer esse contrato amanhã, eu desisto. Apresse-se.
- Natty, você vai comer o melhor filé de toda sua vida, eu prometo.
- Eu espero que sim. – O esforço para resistir a esse sorriso é desumano. Será que devo aceitar realmente seu aval no aluguel e alimentar ainda mais essa situação?
A próxima cliente chegou e fomos interrompidos por uma ligação de Kelly. Providencial, eu diria, assim posso pensar melhor a respeito disso tudo.
- Kelly, por favor, você pode realizar uma ligação para Laura, minha esposa, e transferir para minha sala?
- Sim, claro, o número está no Sistema?
- Sim, está no meu cadastro. Obrigado Kelly, eu aguardo.
Preciso programar um final de semana em Porto Seco, estou morrendo de saudades. Não consigo entender por que Laura está tão diferente. Tudo que sempre sonhamos está tão perto de se realizar e nem parece que idealizamos tudo numa parceria inigualável. A ideia de que aquele ser asqueroso esteja se aproximando de meu João chega a me provocar enjoo.
- Alô?
- Renato? Tudo bem?
- Oi Laura, meu amor, que saudades. Tudo bem? Como está o João?
- Tudo certo Re, mas você sabe que não gosto de falar daqui.
- Laura, você fica de me ligar, mas nunca liga. Preciso de vocês. Encontrei o nosso apartamento. Quero vocês logo aqui comigo.
- Re, por favor?
- Por favor? Laura, você é minha esposa. O que está acontecendo?
- Re, isso já está parecendo neurose sua. Não vou simplesmente deixar minha cidade e partir para uma aventura com um filho embaixo dos braços.
- Laura, é neurose querer viver com minha esposa e meu filho?
- Renato, não distorça os fatos ou as palavras. Não decidi nada ainda, mas você será o primeiro a saber, estou muito feliz que esteja tudo caminhando bem, só não podemos nos deixar levar pelo entusiasmo do momento. Fique tranquilo, apenas precisamos decidir as coisas sem colocarmos o futuro do João em risco. Agora preciso desligar, fique bem Re. Até logo.
- Tchau Laura. Beijo. – Cada dia que passa sinto Laura mais longe. Não consigo mais segurar minhas lágrimas. Chorei copiosamente por pelo menos cinco minutos. Na verdade, parei somente quando Claudia bateu à porta para entregar algumas notas de serviço da área de RH para serem lançadas.

sábado, 8 de junho de 2013

Party Of Fire- Episodio 12




Capítulo 12
Juliana e Mauro interrogam Flávia no hospital.
Juliana – Então, Flávia: por que nos contou que Rodrigo terminou com você por estar apaixonado pelo Lucas?
Mauro – Se nos contou é porque acha uma informação importante. Aonde você quer chegar?
Flávia – Em lugar nenhum. Rodrigo não queria me enganar mais, então terminou comigo. Eu queria voltar, então pedi que Otávio trancasse a porta pelo lado de fora, assim eu poderia ficar com Rodrigo.No começo, ele ficou meio tenso, mas acredito que ele tenha me entendido. E ele fez o que pedi. Ficamos.
Juliana – Você acha que o Lucas mataria o Rodrigo?
Flávia – Nãosei, só sei que, naquela noite, Andressa não desgrudava do Lucas.
Mauro – E entre você e Tiago, o fotografo?
Flávia – O quê? Não tenho nada com ele!
Mauro – Ele me disse que Rodrigo dividia você com ele.
Flávia – Ele não contou isto...
Juliana – Por incrível que pareça, sim.
Flávia – Dormimos uma vez os três juntos,transamos a três, mas Tiago não me queria. Ele se entregou ao Rodrigo, me senti excluída dali.
Mauro e Juliana,chocados, resolvem ir embora.
Mauro (no carro) – Muitos segredos para doze amigos, não acha?
Juliana – Segredos até demais.
Mauro – Já ouvimos todos os suspeitos. Você tem alguma coisa a dizer?
Juliana – Rodrigo terminou com a Flávia porque gostava de Lucas. Lucas...já percebeu que todos os acontecimentos levam ao Lucas?
Mauro – Mas ainda falta a aniversariante, qual era o segredo dela?
Juliana – Ela era amiga da Mariel. Talvez possamos descobriralgo conversando com a Mariel.
CONTINUA

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Abertura de Party Of Fire

Depois de muito tempo finalmente terminamos a abertura de Party Of Fire, na verdade o video promocional como os outros. ASSISTAM E CURTAM HEHE

segunda-feira, 3 de junho de 2013


CAP XII –A Viagem

No outro dia chovia muito, foi difícil levantar da cama. Olhei pela janela e aquela chuva me convidava a ficar um pouco mais dentro de casa, protegido daquela provável frente fria que passava lá fora. Peguei a xícara de café, que na verdade era uma caneca gingante personalizada que ganhei de João no dia dos pais no ano passado. Sentei-me na cama e não pude deixar de lembrar aquele dia em que cheguei exausto do trabalho, numa terça-feira rotineira e João veio correndo agraciando-me com essa caneca, desejando-me um "feliz dia dos pais". Essa e outras lembranças me faziam fraquejar, eu não podia regredir, fiz todas essas escolhas afim de proteger e dar conforto aos dois, então deveria prosseguir com aquilo, porém, havia uma pessoa que me fazia duvidar e questionar toda aquela minha realidade. Essa pessoa era Natty. Ela era uma mulher encantadora, independente e provocante, me tratou com informalidade e ao mesmo tempo intimidade desde que nos conhecemos, me deixando cada vez mais a vontade para entrar cada vez mais no seu mundo solitário e na sua vida complicada, pois mesmo quando se armava independente, não conseguia esconder sua carência por uma conversa amiga e um peito reconfortante para lhe escutar no fim do dia. Ela parecia-se com Laura em alguns momentos, eu podia ver em nossas conversas como ela se concentrava fingindo que estava me ouvindo e no fim estava pensando no que tinha que fazer amanhã ou no que havia feito durante o dia. Laura era impaciente e gananciosa, tinha gana de conseguir suas coisas, de uma vida melhor, uma educação digna para João e gana de muitas outras coisas que ela lutava com muita garra, e por esse motivo que eu estranhava tanto a sua paciência em esperar um pouco mais para vir morar comigo.
- Bom dia Kelly! - Cheguei juntamente com ela na porta da clínica. Quase todos os dias éramos os primeiros a entrar.
- Bom dia Seu Renato. Tudo bem?
- Tudo! Tirando essa chuva, claro. E você, vai bem?
- Sim, claro. – Dificilmente me enganava com as pessoas e suas manias e reações, e Kelly, naquele dia, estava exuberante. Senti algo estranho no ar, embora uma visão muito agradável, claro.
- Vou para minha sala e, por favor, Kelly, quando Dra. Natty chegar, me ligue. Preciso conversar com ela ainda pela manhã. – Falei isso e fiquei analisando-a praticamente sem disfarçar, iria ficar ainda mais de olho nos seus passos hoje, no máximo seria uma implicância minha, não custaria nada arriscar.
- Kelly, Dra. Natty ainda não chegou? – Liguei uma hora após nossa chegada.
- Seu Renato, ela ainda não chegou. O Senhor quer que eu tente no celular?
- Não, obrigada, Kelly, vou aguardar.
- Ok, Seu Renato, disponha.
- Bom dia Renato! – Natty abriu a porta da minha sala na metade da manhã. A hora que a vi tentei não fazer nenhuma expressão que deixasse claro como eu estava feliz e reconfortado ao vê-la, e como estava lembrando ainda mais do nosso beijo na noite anterior.
- Bom dia Dra. Algum problema? Atrasada. Não que seja da minha conta. – Levantei-me e fui ao seu encontro.
- Problema? Essa chuva lá fora é um grande problema, me segurou na cama por mais meia hora. Acredita?
- Acredito sim, com certeza. – Sentamos no sofá da minha sala.
- E então, quando vai acertar os papeis do apartamento?
- Vou hoje, acho que vou precisar sair pelo menos uma hora mais cedo do fim do expediente para conseguir conversar com o corretor com calma.
- Claro, isso é um pedido? Eu autorizo você sair mais cedo. – Ela respondeu carinhosa e animada, como de costume.
- Obrigada Natty, vou avisar Jaque mais tarde então. – Somente ao falar seu nome me dei conta de que não a vi hoje ainda.
- Ela não está na clínica hoje, Renato. Pode ir, sem problemas. – Senti certo alívio nas palavras de Natty.
- Tudo bem com ela?
- Creio que sim, deixou o recado apenas com Kelly. Eu não estava sabendo de nenhuma viagem profissional por essa semana.
- O que está acontecendo Natty? – Cheguei mais perto, afim de que ela se abrisse totalmente e pudéssemos entender e resolver o problema das duas.
- Oi? Não entendi sua pergunta. – Com certeza ela sabia do que eu estava falando.
- Com você e Jaque, pensei que fossem sócias e amigas intimas.
- E éramos Renato, já falei com você sobre isso. Não sei o que está acontecendo com ela.
- Vamos resolver isso então. – Levantei-me e liguei para Kelly. – Kelly, para onde Jaque foi viajar?
- Oi, Seu Renato. Algum problema?
- Você pode responder minha pergunta? – Por vezes ela me tirava a paciência, simplesmente pelo fato de estar por trás de tanto mistério.
- Seu Renato, ela foi para a cidade de seus pais. Não tenho mais detalhes, foi apenas isso que deixou dito e pediu para que não ligassem para ela, pois amanhã ela estará na clínica novamente. – Ela estava mentindo, eu só não conseguia entender o por quê, não conseguia imaginar um lugar que Jaque pudesse ter ido que não pudéssemos saber, ou ao menos Natty.
- Obrigada.
- Onde ela está? – Natty perguntou despreocupada.
- Na casa dos pais, provavelmente.
- Que inveja boa, hein?Você não está? – Ela perguntou-me ficando cada vez mais a vontade no sofá, mostrando toda a sua vontade de estar ainda em sua cama.
- Na verdade, estranho. – Eu não consegui relaxar como ela. Será que era eu que fazia as coisas serem mais difíceis do que já eram? Mas não conseguia olhar aquela situação limitado ao que Kelly disse, precisava ir além e considerar todas as possibilidades. Mas decidi não preocupar Natty. – Bom, acho que precisamos trabalhar.
- É verdade, tenho uma cliente nova essa tarde, sempre me animo com isso, pessoas novas, histórias novas... Nem queira saber o que anda incomodando essas pessoas de hoje em dia, por vezes tenho que me cuidar para não entrar na onda. – Ela brincou.
- Por favor, prefiro não saber, me deixe com meus números. – Retornei a brincadeira e voltei ao trabalho.
- Renato, sobre ontem, eu não sei o que aconteceu, se a culpa foi minha, por favor, peço que me...
- Natty, por favor, não há culpa no que aconteceu. Tenha um bom dia.
Quando o relógio marcou 12:00h arrumei minhas coisas para ir almoçar, hoje seria um dia apropriado para convidar Natty para almoçar, já que Jaque não estava na clínica para nos alfinetar, porém, eu ainda estava intrigado com Kelly, e resolvi conferir se havia algo de errado mesmo.Segui disfarçadamente os seus passos, ela andava depressa, sequer olhava para trás ou para os lados, apenas para frente. Ao chegar ao shopping, tive dificuldade em continuar fixo em seus passos, pois havia uma pequena aglomeração na entrada devido ao fato da chuva estar aumentando ainda mais.
Quando enfim consegui reconhece-la ela já estava acomodando-se em uma das mesas na praça de alimentação. Sentei perto, apenas alguns pilares nos afastavam e eu estava seguro por ali.
- O Senhor deseja olhar o cardápio? – A garçonete simpática veio até mim.
- Sim, obrigada.
Fingi estar lendo os pratos que eles ofereciam, porém, meus olhos estavam fixos na mesa de Kelly, que batia os pés demonstrando impaciência ou nervosismo.
De repente ela se levantou e começou a caminhar tão rápido que quase a perdi de vista. Deixei o cardápio em cima da mesa e continuei minha perseguição. Enfim, ela esbarrou em um rapaz que logo a segurou e ela retribuiu o olhar aliviada, ele a abraçou intimamente e saíram caminhando no mesmo passo rápido que ela caminhava. Naquela altura ela já devia ter notado que alguém a seguia, pois conseguiram me despistar totalmente, os perdi de vista em questão de segundos. Tornei a procurar, porém, sem sucesso.
Retornei para a clínica sem ter almoçado e sem alguma informação concreta, apenas uma grande curiosidade: Quem era aquele rapaz e por que ela estava tão nervosa para encontrá-lo? Por que andaram como se estivessem fugindo de alguém?

sábado, 1 de junho de 2013

Party Of Fire-Episodio 11



Capítulo 11
  Juliana, com suas olheiras de tanto ler e pensar e chorar, mal se aguentava em pé.
Mauro – A senhora não quer ir pra casa descansar?
Juliana – E perder o dia?Nunca! Hoje eu pego esse assassino!
Mauro – E seu irmão?Na sua opinião, qual foi a participação dele no caso?
Juliana – Acho que alguém o obrigou a matar o Rodrigo, mas ainda não tenho certeza.
Mauro – É possível.
Juliana – Vamos ver se descobrimos isso hoje! A garota que tava em coma tem muito pra nos contar...
  Juliana e Mauro vão ao hospital ouvir Flávia. Chegando lá, surpreendem-se com a presença de Karen ali.
Juliana – Você aqui?
Karen– Finalmente vai acabar este tormento, não?
Juliana – Espero.
  Juliana entra no quarto e pede que todos saiam. Ela e Mauro começam a interrogar a jovem.
Juliana – Eu só vim aqui te fazer uma pergunta.
Flávia – Eu sei.
Juliana – Quem matou o Rodrigo?
Flávia – Não sei!
Mauro – Como assim “não sabe”? Você foi encontrada no quarto com ele.
Flávia – Sim. Eu tava conversando com Rodrigo. Já tínhamos discutido antes naquela noite, mas depois voltei para fazer as pazes. Eu tava de costas, então alguém me golpeou por trás.
Juliana – Então você não viu o que aconteceu.
Mauro – Era muito bom para ser verdade!
Flávia – Calma, eu tenho ainda uma coisa para contar!
Juliana – O quê?
Flávia – Rodrigo terminou comigo porque estava apaixonado pelo Lucas.
Mauro – Aonde você quer chegar nos contando isso?
Flávia fica em silêncio.
CONTINUA